Tales of Kenzera: ZAU - Primeiras impressões

Uma história de dor e superação.

Aqui na IGN Portugal já tivemos oportunidade de experimentar Tales of Kenzera: ZAU, e ficámos impressionados com o que já vimos.

Tales of Kenzera: ZAU é o título de estreia do Surgent Studios e ainda que assuma um formato de Metroidvania 2D, que por esta altura parece estar a desfrutar de uma nova popularidade, quer contar uma história incrivelmente pessoal, mergulhada na rica cultura africana, que tão poucas vezes tem oportunidade de se mostrar no mundo dos videojogos.

O jogo é um projeto pessoal de Abubakar Salim, que já deu voz ao personagem central de Asssassin's Creed Origin e desempenhou um dos papéis centrais na série Raised by Wolves. Também o vamos poder ver na segunda temporada de House of The Dragon, onde irá dar vida a Alyn of Hull, mas antes disso, Salim tem uma história para contar.

Debaixo das mecânicas Metroidvania, Tales of Kenzera: ZAU esconde uma história de dor e amor, de auto-descoberta e crescimento, inspirada na árdua viagem de um rapaz que tem ultrapassar a perda do seu pai, ao mesmo tempo que se assume como um pillar para todos aqueles que o rodeiam e precisam de si.

A história de Zuberi é um paralelismo com a vida de Salim, que embora não tenha enfrentado deuses e criaturas místicas, encarou a dor de perder uma pessoa importante na sua vida. Da raiva à tristeza, Tales of Kenzera: ZAU mergulha de cabeça neste difícil processo de cura e crescimento, com Zuberi a caminhar de mão dada com Zau, um xamã que o irá acompanhar ao longo do seu caminho.

Em termos de gameplay, a viagem da dupla atravessa um mundo enorme, tingido de cores vibrantes e apelativas. Naturalmente, apenas vimos uma curta amostra deste universo, mas chegou para impressionar. O mesmo pode ser dito do combate, que consegue um bom equilíbrio entre a a simplicidade de despachar inimigos com um par de ataques e a complexidade de uma espécie de Devil May Cry, onde podemos fazer malabarismo com os adversários, encadeando ataques atrás de ataques.

Se por um lado, não faltam Metroidvanias no mercado - e de grande qualidade, diga-se de passagem - a verdade é que as primeiras horas de Tales of Kenzera: Zau são prometedoras. É cedo para tecer um julgamento acerca da história, mas tudo o resto parece encaixar perfeitamente no que se pede num jogo do género e é impossível não ficar impressionado com a influência do folclore e da mitologia africana, pautada pela música de Nainita Desai, que criou uma banda sonora poderosa, recorrendo às tradições orais e a instrumentos Bantu.

O lançamento de Tales of Kenzera: Zau está marcado para o dia 23 de abril e até lá, vais poder contar com a nossa análise completa. Fica atento à IGN Portugal.


Pedro Pestana é viciado em gaming, café e voleibol, sensivelmente nesta ordem. Podem encontrar alguns dos seus devaneios no Twitter ou Threads.

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Tales of Kenzera: Zau

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