"As coisas vão mudar": Steven Spielberg alertou Antonio Banderas que A Máscara do Zorro seria um dos últimos filmes a resistir ao CGI
Até as lutas com espadas eram verdadeiras.
Há algum tempo Steven Spielberg se revela como a voz da verdade que já nos alertava sobre os perigos do cinema do século XXI antes mesmo de ele chegar. Cineasta renomado, ele já sabia quando o CGI estava prestes a pegar tudo de surpresa, deixando os efeitos práticos de lado.
Se em 1993 o diretor já tentava misturá-lo com animatronics em Jurassic Park, — dando o melhor resultado de toda a saga independente dos avanços técnicos — em 1998 Spielberg já previa o fim do cinema como era conhecido no século XX.
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O último filme “com coisas reais”
Spielberg foi um dos produtores executivos de um filme de aventura tão mítico quanto, paradoxalmente, um tanto esquecido: o divertido A Máscara do Zorro, dirigido por Martin Campbell e estrelado por Antonio Banderas, mais do que consagrado na indústria cinematográfica dos Estados Unidos.
Curiosamente, entre os possíveis nomes que poderiam ter dirigido o filme estava o de outro espanhol, Álex de la Iglesia, embora a coisa não tenha se concretizado porque, segundo dizem, ele não foi autorizado a fazer alterações no roteiro.
Porém, no set havia uma pessoa triste ao ver que uma forma de entender o cinema estava acabando, como revelou Antonio Banderas ao Yahoo: "Steven Spielberg me disse uma vez quando estávamos filmando: 'Este provavelmente será um dos últimos westerns filmados como eram filmados antigamente, com cenas reais, com cavalos reais, onde tudo é real, inclusive as lutas de espada, sem CGI'".
"Eram todos efeitos práticos", diz o espanhol. "E Spielberg me disse: 'Mas as coisas vão mudar. Elas vão mudar e vão mudar rapidamente. E você deve estar orgulhoso desse filme. E eu estou, provavelmente, ainda mais agora do que quando o estava fazendo."
A Máscara do Zorro teve uma sequência sete anos depois, A Lenda do Zorro, em que o diretor e o casal formado por Banderas e Catherine Zeta-Jones se repetiram, mas o filme não era mais o mesmo, em parte porque o cinema mudou a toda velocidade e o público de 2005 não queria mais o mesmo do final dos anos 90.
*Texto traduzido do site parceiro Espinof
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