Este dublê levou mais de 190 pontos após realizar uma das cenas mais perigosas de todos os filmes de 007

Cinco takes e alguns crocodilos.

Cenas arriscadas são só mais um dia de trabalho para dublês, uma categoria que tem sido cada vez mais valiosa para Hollywood a ponto de poder, quem sabe, ter sua própria categoria no Oscar.

Porém, cenas arriscadas não são novidade -- e antigamente eram até piores! Como é o caso da cena de James Bond, o 007, correndo e pulando nas costas de alguns crocodilos em Viva e Deixe Viver, de 1973, que foi feita com crocodilos de verdade e em cinco takes diferentes!

Os cinco takes com crocodilos

Foram necessários cinco takes para que o diretor Guy Hamilton ficasse satisfeito com o resultado.

O dublê Ross Kananga foi quem correu cinco vezes pelas costas dos crocodilos, mas isso não foi tão fácil quanto parece (eu sei, não parece).

Nos diferentes takes, Kananga acabou sendo mordido e atingido algumas vezes, o que lhe rendeu algumas lesões e 193 pontos, após ser mordido por um dos crocodilos.

Dono de fazenda, inspiração para vilão e dublê

Se você acha que 193 pontos foi tudo, calma: Kananga fez muito mais para Viva e Deixe Viver.

A própria cena dos crocodilos só existe por conta de Kananga, que era dono de uma fazenda que chamou a atenção dos produtores por conta de uma placa que dizia "Invasores serão devorados".

Os produtores se interessaram pela fazenda e decidiram que ela apareceria no filme. O dono era ninguém mais ninguém menos que Ross Kananga, que acabou protagonizando a cena dos crocodilos.

Além do grande feito como dublê, a produção gostou tanto de Kananga que seu sobrenome foi parar no vilão do filme, Dr. Kananga ou Sr. Big. Por toda sua contribuição para o filme, Ross Kananga recebeu US$ 60 mil. Pode não parecer muito, mas corrigido pela inflação, hoje esse valor seria correspondente a US$ 450 mil -- ou seja, quase dois milhões e meio de reais.


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