Senua's Saga: Hellblade II - Review

Senua's Saga: Hellblade 2 é uma das experiências mais imersivas que um game já proporcionou. A nova história da protagonista Senua nos leva do desespero total a vislumbres de esperança em um mundo no qual não sabemos o que é real objetivamente.

O Xbox concedeu uma key do jogo para o IGN Brasil e tivemos a oportunidade de testar a obra por completo. Abaixo você pode conferir nossa review e, fique tranquilo, não há nenhum spoiler.

Uma experiência única

Definitivamente, Hellblade 2 não é uma experiência para todos e arrisco dizer que se aproxima muito de um jogo de narrativa com poucos momentos de ação e sem a parte de múltiplas escolhas que mudam o desfecho da trama. No entanto, nem de longe isso quer dizer que a obra seja ruim.

Logo no começo somos lançados dentro da cabeça de Senua e em nenhum momento o jogo deixa claro o que é real ou não. Não temos um contexto do que objetivamente faz parte da psicose dela, o que é espiritual, o que é imaginação e o que é real, assim como no primeiro jogo.

A história é uma continuação da primeira parte. Senua está determinada a acabar com aqueles que mataram seu amado e destruíram seu vilarejo para que isso nunca mais ocorra com ninguém. Curiosamente, o jogo ainda é curto, mas um pouco maior que seu antecessor.

As expressões da personagem a cada momento, o design sonoro e a narrativa fazem tudo parecer como um filme. Hellblade 2, assim como o primeiro jogo, se encontra em um espaço experimental e isso é um acerto.

Design de som está impecável

Não direi que fones de ouvidos são recomendáveis, mas obrigatórios. Se não utilizá-los, estará perdendo uma parte tão grande da experiência do jogo que arrisco dizer que não valerá a pena.

Hellblade 2 é um dos jogos mais imersivos que existem. Você escuta o som da neve caindo, do vento tocando objetos no cenário, respirações e, claro, as vozes na cabeça de Senua.

Tudo foi pensado também de uma maneira espacial para que você tenha uma noção 3D da parte sonora. Isso é útil quando estiver em perseguições ou caso não consiga enxergar nada ao seu redor.

A parte gráfica também está um espetáculo e as expressões da Senua a cada momento são tão reais e intensas que parecerá um filme. Os inimigos, embora poucos, também não deixam a desejar.

Ação em meio à imersão

O foco de Hellblade não é exatamente a ação, mas o jogo consegue ser bastante competente também nesse quesito. Você pode se esquivar, atacar e defender. Além de focar e conseguir adquirir uma vantagem sobre seus adversários.

Apesar de o combate não ir além disso e as lutas só ocorrerem em partes específicas do jogo, elas são intensas e emocionantes. Você sente o impacto de cada golpe que desfere ou recebe e sente o alívio em se livrar de um inimigo irritante.

Senua é humana, então não espere da protagonista um desempenho em combate no estilo de um soulslike. Apesar disso, em sua psicose, ela lida com criaturas sobrenaturais (ou será que são reais?) e a experiência pode se tornar bastante mística.

Junto dos momentos de ação, temos puzzles em que precisaremos usar a imaginação e perspectiva, assim como momentos de muita perseguição e estratégia. Não é o combate que define exatamente a vitória, pois você precisará aprender a "lutar de outra forma".